Algumas ideias do autor:
1. O JUÍZO DE GOSTO É UM JUÍZO ESTÉTICO
* O juízo estético não é lógico. A apreensão da beleza não se refere ao conhecimento do objeto, mas ao sentimento de prazer ou desprazer na percepção do objeto.
* O fundamento do juízo de gosto é subjetivo. A beleza não se encontra no objeto (aparência ou forma), mas no modo como o sujeito é afetado pela sensação (prazer ou desprazer). O belo se refere aos sentimentos do observador pelos objetos percebidos.
2. O JUÍZO ESTÉTICO é diferente do JUÍZO de conhecimento
* Um juízo de conhecimento refere-se ao conceito de um objeto
* Um juízo estético refere-se exclusivamente ao sujeito (ao sentimento suscitado nele)
* Os juízos de gosto não são demonstráveis como os juízos lógicos (autonomia da estética)
3. O SENTIMENTO DE BELEZA É DESINTERESSADO
* O INTERESSE implica sempre a existência do objeto; envolve o desejo acerca do objeto.
* O sentimento de Beleza é contemplação (não se importa com a existência da coisa).
A partir do quadro abaixo, podemos entender, de modo breve, as diferenciações que Kant faz entre o agradável, o bom e o belo:
Para pensar:
- Como podemos compreender o juízo de gosto na obra de Kant?
- Como Kant estabelece as diferenças entre o juízo estético e o juízo do conhecimento?
- O que significa para o autor, considerar que o belo é aquilo que apraz de modo desinteressado? O julgamento desinteressado é possível?
- De acordo com o quadro acima, quais as principais diferenças entre o que o ser humano considera como agradável, bom e belo?
Para ler:
FERRY, Luc. Homo Aestheticus. A invenção do Gosto na Era Democrática, Ensaio, São Paulo - SP, 1994.
KANT, Immanuel. Crítica da Faculdade do Juízo, Forense Universitária, 2ª ed., Rio de Janeiro - RJ, 1995.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Convite à Estética, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro - RJ, 1999.
Excelente síntese, Maristela. Parabéns!
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