11 de junho de 2014

A Estética na Filosofia

A Estética se constitui como uma área autônoma de estudos na Filosofia no século XVIII. Alexander Baugarten justifica a necessidade e refuta as objeções à fundação de uma "nova ciência": "a ciência do conhecimento sensitivo." Mesmo considerando as percepções sensoriais como formas de conhecimento inferiores ao conhecimento racional, o autor reforça a importância de uma ciência capaz de ordenar os conhecimentos decorrentes dos sentidos. Propõe uma ciência análoga à Lógica, capaz fornecer princípios para pensar as "artes liberais" e o belo.
Sobre o surgimento da Estética como área do conhecimento autônoma, Adolfo Vázquez destaca:
"Embora já na Antiguidade grega encontremos reflexões sobre problemas estéticos... a Estética como ramo do saber ou disciplina filosófica especial é relativamente jovem. Nasce em meados do século XVIII, quando o filósofo alemão Alexander Baumgarten constrói a primeira teoria estética sistemática a que dá, pela primeira vez, o nome de Estética... Em consonância com o significado original do termo, Baumgarten entende por Estética uma teoria do saber sensível ou conhecimento inferior em relação ao saber racional, superior, que é objeto da lógica, e a teoria das ações da vontade, objeto da ética." (VÁZQUEZ, 1999, pg. 8/9)

Clique na imagem para ampliar

 Para pensar: 
- Quais as relações entre a Estética e a Filosofia?
- Que relações podemos perceber entre a Estética e a "Ciência" na obra de Baumgarten?
- Quais as principais dificuldades enfrentadas pela Estética para se tornar uma área de conhecimento autônoma na Filosofia?
- Quais as concepções de beleza predominantes nas imagens acima? Quais as relações entre essas concepções e as ideias de Baumgarten?
Para ler:
BAUMGARTEN, Alexander G. Estética. A lógica da arte e do poema, Vozes, Petrópolis - RJ, 1993.
BAYER, Raymond. Historia de la Estética, Fondo de Cultura Económica, México, 1993.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Convite à Estética, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro – RJ, 1999.