Estética

Algumas considerações filosóficas sobre a Estética...

"Saturno Devorando Seus Filhos" (Goya)
A Estética na Filosofia
Temas relacionados à estética são discutidos pela Filosofia desde a Antigüidade clássica. A reflexão sobre o Belo (“Kállos”) e a arte (“Tékne”) está presente em Sócrates, Platão e Aristóteles. No início da modernidade as discussões estéticas voltam-se para os critérios que fundamentam o juízo de gosto – faculdade humana capaz de distinguir entre o belo e o feio.
Segundo Luc Ferry, a discussão sobre o belo sofre uma “mutação radical” na medida em que “o belo é ligado tão intimamente à subjetividade humana, que se define, no limite, pelo prazer que proporciona, pelas sensações ou pelos sentimentos que suscita em nós” (FERRY, 1994, p. 36).





"A Ponte de Langlois"
(Van Gogh, 1888)
Uma Ponte Entre a Arte e a Vida
A relação entre a arte e a vida é uma questão problemática e conturbada. De um lado, tem-se a necessidade de perceber aquilo que é próprio da arte - que diz respeito a sua especificidade -; de outro, a sua relação e integração com as outras atividades humanas. Esta linha tênue balança de um lado a outro, constituindo-se no ponto de tensão/condição da arte. Entretanto, esta problemática é eminentemente moderna.


"Boi Esfolado"
(Rembrant, 1655)
A Estética e Suas Relações Com o Feio I
A Estética, enquanto disciplina filosófica, surge somente em 1750, com a publicação da obra “Estética: a lógica da arte e do poema”, de Alexander Baumgarten. Nessa obra, o autor utiliza o termo Estética para designar a ciência que trata do belo. Para Baumgarten, assim como existe uma ciência, a Lógica para conhecer as “coisas inteligíveis” (“noéta”), deve haver uma ciência que permita conhecer as “coisas sensíveis” (“aisthéta”). Assim, estão instituídas as condições para o surgimento da Estética como “ciência do conhecimento sensitivo” (BAUMGARTEN, 1993, III, p. 95).




"Rembrant Como Mendigo"
(Rembrant, 1630)
A Estética e Suas Relações Com o Feio II
O uso de formas artísticas com finalidade didática aparece nas tentativas de evangelização feitas pela Companhia de Jesus nos territórios luso-hispânicos. Tanto na Província do Paraguai quanto na Província do Brasil, as Reduções indígenas eram dirigidas pelos jesuítas que organizavam o trabalho, o processo de evangelização e a ordem econômica. As oficinas de carpintaria e de escultores produziam as ferramentas necessárias para o trabalho, instrumentos musicais e esculturas.
Um dos meios de evangelização preferidos pelos jesuítas era o teatro. O teatro jesuítico incorporou alguns elementos dos rituais indígenas primitivos, como é o caso da música, da dança e do canto cerimonial.

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